A Ong Viva São João por meio de ofício tem em mãos todas as plantas da possível nova praça Cel. Joaquim José.
Criou-se uma comissão de pessoas que fazem parte da Ong (ambientalistas, arquitetos (as) e historiadores) e pessoas interessadas no assunto.
Daí constatou-se que:
1- o desenho original dos canteiros que vem sendo preservados com poucas interferências há 87 anos, é totalmente descaracterizado, com grande ramo de flores cujas pétalas localizam vários quiosques e de um extremo a outro dois pórticos sem função e desenho definidos;
2- O piso de pedras portuguesas, que faz parte de todo o circuito de praças e avenida central da cidade, será substituído por bloquete de cimento colorido hidráulico, empobrecendo a qualidade estética da praça e se não cuidado como as pedras hoje, a situação do chão se torna pior para caminhar do que as pedras portuguesas abandonadas como hoje.
3- O Posto da Policia Militar será substituído por um prédio semelhante aos outros quiosques, incluindo um estacionamento para viaturas em plena praça, interrompendo com faixas o circuito de pedestre;
4- várias árvores antigas serão eliminadas, não se apontando novos plantios pela redução dos canteiros e assentamento dos quiosques e sanitário público;
5- Os bancos de cimento serão substituídos por um número restrito de acentos, reduzindo as áreas de convivência da praça;
6 – os quiosques propostos não possuem qualidade arquitetônica, comprometendo seriamente a circulação visual da praça, além de favorecer a permanência de andarilhos, vândalos, consumidores de drogas e até prostituição no período noturno;
7- a grande cobertura do fonteatro precisa ser reavaliada, para que não ocorra um impacto estético, acústico e de conforto ambiental. No projeto vencedor essa cobertura é apenas sugerida, não se detalhando estas questões;
8- o projeto propõe um segundo sanitário num raio de 100 (cem) metros, da praça Governador Armando Salles, ocupando uma área hoje, propriamente utilizada pelo playground e visando conseqüentemente a eliminação de antigas árvores;
Por se tratar de área envoltória de dois bens tombados e existir um processo de estudo de tombamento da praça Cel. Joaquim José, é obrigatório que qualquer intervenção na praça tenha o parecer favorável do CONDEPHIC e do CONDEPHAAT.
O valor pago à arquiteta de Osasco para a elaboração do projeto foi de R$ 68.966,00. Um projeto que não leva em consideração a história da praça e da cidade e diminui a área de convivência da praça.
Sendo assim foi enviado um ofício à Prefeitura pedindo para que se respeite a lei em vigor que é para todos, inclusive o poder público.
A ONG tem como premissa que se crie cada vez mais espaços públicos e de convivência com novos conceitos arquitetônicos para toda a comunidade, porém devemos preservar, conservar, revitalizar os espaços já existentes. Em nenhum momento a ONG é contra aos investimentos urbanos e paisagísticos no centro histórico da cidade, mas que observe todos os valores conquistados pelo tempo, garantindo desta maneira o “requinte ambiental” que tanto se almeja em nossa cidade;